Quando a gente tem filhos a preocupação aumenta, em todas as esferas!
Hoje eu tenho a honra de ter aqui no blog, nessa semana especial com os papais convidados, meu parceiro de trabalho e excelente profissional, o Valdo.
Jusivaldo Almeida é consultor financeiro e diretor da JSantos Consultores e fará participações aqui no blog com dicas para a saúde financeira dos filhos e da família.
Vem ler as dicas de hoje!
Junto com a alegria do primeiro filho, vem a preocupação com o seu futuro. Se você quer garantir a ele um futuro melhor, comece o mais rapidamente possível. Saiba que, com apenas R$ 100 poupados e investidos por um período de 20 ou 30 anos, você pode ver esse dinheiro se multiplicar e chegar ao famoso primeiro milhão. Tudo é uma questão de hábito e disciplina – e, claro, de saber onde aplicar. É importante também dar um nome a esse dinheiro. Isso mesmo, um nome!
Quando poupamos e aplicamos um capital, precisamos ter em mente sua finalidade. Ou, melhor dizendo, a que sonho ele se destina. O custo de vida de um filho entre zero e 21 anos no Brasil pode variar de R$ 500 mil a até R$ 2 milhões, a depender do padrão de vida e da renda familiar. Como a realidade financeira de cada família tem suas peculiaridades, não dá para julgar nem generalizar. Em linhas gerais, para aqueles que pretendem montar um colchão financeiro para o filho, recomendo:
1. Olhar antes o próprio bolso
É um equívoco falar de investimentos de longo prazo, para a proteção dos filhos, quando os pais, seus principais provedores, estão endividados no presente, o que coloca em risco o bem-estar de todos no futuro. Colocar em uma planilha e revisar periodicamente o orçamento familiar, incluindo as novas necessidades do filho, são medidas necessárias para equilibrar receitas e despesas do dia a dia, de modo que o resultado não despenque perigosamente.
2. Começar o mais cedo possível
O tempo e a educação financeira e previdenciária são ótimos aliados na hora de investir, tanto para solteiros quanto casais. “A melhor estratégia é poupar desde o nascimento dos filhos, ou pelo menos cinco anos antes do ingresso do primeiro deles na faculdade. Quanto mais cedo, melhor, e menor será a necessidade de grandes aportes para alcançar o mesmo patrimônio, visando cobrir investimentos nos estudos aqui e fora do Brasil”.
3. Definir objetivos claros
Antes de pensar na escolha dos investimentos ideais, o mais importante para um casal é traçar objetivos claros em curto, médio e longo prazo. Isso porque alguns exigem recursos que podem ficar escassos antes de completar o ciclo de acumulação de capital para realizá-los. Trocando em miúdos, vale adequar o tamanho dos sonhos ao do bolso, assim os primeiros não precisarão ser interrompidos.
4. Adotar medidas de segurança
Quando você tem um filho, é fundamental, mais do que nunca, ter um seguro de vida, mesmo sem subestimar o aumento da longevidade. Afinal, homens e mulheres estão vivendo mais de 74 anos, em média. O ideal é montar uma estratégia que cubra a segurança das finanças, começando pelos principais provedores do filho. Isso inclui um plano de previdência privada e seguro na modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) para os pais, pensando lá na frente na aposentadoria, e outro no formato VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), em que o percentual das ações vá diminuindo até ficar 100% de renda fixa no momento em que o filho for efetuar o primeiro resgate para pagar os estudos. Nos dois casos, encare-os como investimentos de longo prazo (superior a 10 anos), contratando sob o regime de tributação regressiva, pois o desconto no imposto de renda será de apenas 10% lá na frente.
5. Diversificar as aplicações
Completando a cesta é recomendável aplicar em títulos de renda fixa públicos federais e também títulos de instituições privadas. No segundo caso, convém diversificar em instituições de primeira e segunda linha. Isso porque, caso ocorra insolvência de alguma, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) possibilitará o seu investimento até o limite de R$ 250 mil. Não vale a pena se concentrar na poupança pensando em longo prazo, porque a inflação irá corroer o ganho real. Ela é válida para garantir despesas menores, de emergência, por causa da liquidez.
6. Procurar quem fala essa língua
Quem acha que as dicas acima parecem escritas em grego… não está só. Pesquisas encomendada pela BM&F Bovespa mostram que a maioria dos brasileiros não entende nem o básico sobre investimentos. Se for o seu caso, recorra a um especialista, que acompanha com lupa o mercado financeiro e de previdência, entende as diferenças tributárias e de taxas de administração, e pode traçar estratégias personalizadas conforme cada objetivo e sonho.
De qualquer forma não hesite em mudar suas decisões durante o percurso.
Essas são as minhas dicas.
Boa sorte!
Fale com o Jusivaldo por email!
Espero que tenham gostado e vem muito mais por aí!
beijos
Lele
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