Alergia ao leite de vaca e a escola

Aqui em casa ninguém é alérgico. Nem ao pó, nem a remédios, nem a leite de vaca ou lactose. Ufa!

Mas, conversando com outras mães e amigas vejo que a alergia, em especial a alergia ao leite de vaca, tem sido cada vez mais comum – até já falamos sobre isso na época da Páscoa.

Imagem: Site APLV

Imagem: Site APLV

Enquanto a criança está no ambiente controlado – em casa, resumidamente, fica um pouco mais fácil saber exatamente o que ela está ingerindo e sem tensão ou riscos. Mas, quando a criança inicia sua vida escolar a alergia pode virar um grande problema.

Recentemente a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Federal nº 12.982/14 que garante merenda escolar especial para alunos com restrições alimentares. Todos tem até o dia 28 de agosto/14 para se adaptarem às novas regras de alimentação diferenciada. Incluindo todas as intolerâncias e alergias.

Imagino que seja uma vitória incrível para os pais desses alunos pois a escola estará apta a atender uma demanda de saúde muito importante, além de auxiliar na inclusão social deles. Exagero? Não mesmo!

Estima-se que 1 a cada 20 pessoas tem alergia a proteína do leite de vaca (APLV), aqui no Brasil. Um número alarmante ainda mais se pensarmos que apenas a dieta isenta desse item é que evita as crises alérgicas.

É muito importante que a escola do seu filho se adapte a essas questões contando sempre com a orientação de uma nutricionista para montar o cardápio e orientar a equipe da cozinha da maneira correta.

A nutricionista Renata Pinotti, responsável pelo site Alergia à Proteína do Leite de Vaca, preparou uma série de dicas para pais e escolas:

A criança com APLV é completamente normal e não precisa ser tratada de forma diferente das demais crianças;

Atente à sua alimentação com rigor e aos momentos de refeições coletivas com cuidado, sem amedrontá-la ou excluí-la, para que não haja a ingestão acidental de alimentos com leite;

Professores e responsáveis devem falar sobre o assunto com os demais alunos de forma cuidadosa e carinhosa a fim de fazer a criança com APLV sentir-se parte do grupo;

Não isolar a criança com APLV das demais na hora do lanche, das festas e datas comemorativas para não causar nenhum sentimento de exclusão;

É importante que os pais da criança com APLV sejam informados com antecedência sobre os dias de festa e comemorações. Desta maneira, eles podem levar um kit festa para ela com opções similares que serão oferecidos no dia e evitar situações de exclusão. O mesmo vale para as lembrancinhas com guloseimas;

Separar esponja de lavar louças e utensílios apenas para a criança com APLV;

Não preparar alimentos que contenham leite junto com os que ela irá consumir;

Registrar diariamente os alimentos que foram oferecidos para a criança e se ela apresentou alguma reação diferente do normal;

Em dias de lanche coletivo, a escola deve oferecer opções sem leite para todos os alunos;

Um pedacinho de alimento com leite pode fazer mal sim e colocá-la em risco. Mantenha-se alerta!

Não segregar e estar preparado para receber uma criança com alergia é fundamental! Faz parte do educar também!

beijos
Lele

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