Brincar é coisa séria

Essa semana tive a oportunidade de participar do “Café com blog” promovido pela Kids in, portal lindo  da Cynthia Jacques Duarte, cujo tema foi Brincar é coisa séria.

Foto: acervo pessoal

Foto: acervo pessoal

Várias blogueiras queridas reunidas no papo que rendeu boas reflexões e risadas. E resolvi trazer um resumo para vocês e mais algumas reflexões que fiz posteriormente…

Todas nós nos mostramos um tanto saudosistas em relação ao sentido de brincar que tínhamos na nossa infância. Brincávamos na rua, brincávamos no quintal de casa, brincávamos livremente sem hora marcada ou local específico.

Hoje em dia, por uma série de motivos – segurança, contexto social das mães, etc – o brincar mudou. Virou quase um item da “agenda” do filho. Mas que consequências isso pode trazer para o desenvolvimento da criança?

A Cynthia do Fala, mãe! contou que tenta semanalmente fazer brincadeiras/experimentos diferentes com seus filhos. E ela é pro em brincadeiras diferentes. Muitas ideias boas mesmo.

Além disso, falamos do uso dos brinquedos eletrônicos, do excesso de uso aliás, e também da TV como fonte de “brincadeira”.

E todas nós concordamos: brincar precisa ser livre, sem imposição de tempo. E mais, a TV entretê mas não é fonte de brincadeira. O brincar está muito mais relacionado ao lúdico, à imaginação, ao desenvolver histórias e problemas e resolvê-los brincando mesmo.

Muitas vezes colocamos a criança na frente da TV porque, nós mães, precisamos de um tempo para terminar uma tarefa doméstica ou algum compromisso (como bem lembrou a Mi, do Diiirce) e a criança fica lá entretida, passiva, em frente à TV. Não está errado, só não deve ser a regra, na minha opinião.

E quanto aos eletrônicos, achei ótima a fala da Barbara Saleh, Uma mãe das arábias. Na casa dela as crianças não usam tablets e celulares. E, embora ela saiba que na casa dos amiguinhos eles podem acabar usando, acredita que ainda não é o momento e que tem muitas outras brincadeiras possíveis nessa idade.

A Patricia Papp, do Coisas de Mãe,  mostrou um outro lado. Ela vive numa chácara e os filhos dela tem contato com a natureza, espaço para brincar. Uma vida menos tecnológica. Um bom estímulo para a criatividade e imaginação.

As nossas mães, na maioria, estavam fora de casa, trabalhando e nós precisávamos nos virar. Não tínhamos a mãe ali, à disposição, para brincar com a gente o tempo todo. Hoje uma boa parcela das mães, resolveu se dedicar a cuidar dos filhos e há chances de ter mais tempo de desenvolver brincadeiras e atividades com os filhos. Estimular a brincadeira.

A Cynthia falou também dos espaços de brincar. Ambientes preparados para receber as crianças e queria contar algo que não consegui durante o hangout.

Moramos muito perto de um shopping que tem um espaço de brincar com mil brinquedos, pintura em madeira, fantasias, fantoches e… DVD. A Isa adorava ir lá quando era menorzinha. Otavio foi muito pouco. Mas, numa das últimas vezes, eu já não podia mais ficar com eles enquanto brincavam e a Isa, num misto de insegurança e realidade me disse: “mãe, não quero mais brincar aqui. A gente faz tudo isso em casa e lá você fica com a gente.”

UAU! hehe Achei ótima a reação dela afinal, ela tem razão. A gente brinca muito junto, cria um monte de coisas, faz farra com teatro, cabana, pintura, invenções… Não precisamos mesmo ir num lugar com hora marcada para brincar.

Isso não significa que a gente não curta uma oficina no Sesc, uma contação de histórias na livraria e afins… afinal é um espaço diferente para brincar e socializar mas, aqui em casa, a gente exercita o brincar e leva muito a sério!

Aqui está o vídeo na íntegra, para quem quiser ver:

E aí? Brincar é coisa séria ou é coisa de criança?

beijão
Lele

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