Continuando com a Confraria Literária, segue o capítulo 9.
Primeira vez por aqui? Veja o início e o último capítulo.
TUMMMM!
O som seco da forte batida em sua cabeça a pegou de surpresa. Sentiu suas pernas amolecerem e, em milésimos de segundos, estava caída, inconsciente, aos pés dos dois capangas que a atacaram pelas costas. Sua necessaire e um pequeno porta-cartões, utilizado para guardar fotos e cheio de boas recordações, caíram da bolsa.
O chefe da missão sabia que havia montado a cena da maneira exata e com os elementos corretos para confundí-la. Suspeitava que o olfato lhe pregaria uma peça a ponto de questionar o que via e não perceber a presença de mais dois homens no quarto. Além disso, contava com a habilidade do barman para servi-la com drinks generosos. O capanga que a seguia confirmou que isso foi feito, sem levantar suspeitas também.
Rapidamente, um deles a jogou sobre os ombros e os três desceram, pela escada de incêndio, direto para o segundo sub-solo, sem levantar suspeitas. Cruzaram apenas com uma camareira entre o sétimo e o oitavo andares. Mas, como toda boa camareira, passou por eles sem qualquer curiosidade, absolutamente discreta.
Vasculharam a bolsa e encontraram as chaves do carro. Com ela no colo, entrou pela porta de trás, enquanto o outro capanga assumia a direção.
O chefe os viu partir e saiu, calmamente, em direção ao elevador. Acionou o botão e observou, aliviado, as luzes que sinalizavam o térreo. Mais duas mudanças no visor, as portas se abriram. Mirou o espelho e se surpreendeu com seu rosto plácido. Estava certo que essa parte do arquivo já estava eliminada.
Pessoal, a bola está com vocês: Chris ou Gui
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por Felipe Viana