Hoje em dia uma das coisas com que mais me preocupo é em desenvolver a autonomia das crianças aqui em casa. Tenho pavor de pensar que eles podem chegar a idade adulta e não saber tomar decisões, não saber arrumar minimamente o seu espaço e coisas do tipo.
É claro que com 4 e 6 anos, a idade dos meus filhos, a autonomia é bem restrita tanto por questões de coordenação motora quanto de segurança, mas acho que toda hora é hora de motivar esse desenvolvimento.
O desenvolvimento da autonomia vai desde a escolha da brincadeira até aprender a amarrar seu tênis ou tirar o prato da mesa após o jantar. Aqui em casa temos trabalhado a autonomia nessas esferas e também na social. Por exemplo, se temos duas festas no mesmo dia, perguntamos para a Isa qual ela gostaria de ir. O mais rápido será dizer que “tanto faz” ou “não sei”, mas mostramos para ela que dá para escolher fazendo um ranking entre elas….
Pode parecer complexo a princípio, mas no dia-a-dia se desenvolve bem.
Sabe aquela velha história de dar o peixe ou ensinar a pescar? Pois é isso mesmo. Se a gente der a resposta eles se acomodam e nem querem pensar sobre o assunto. Precisamos criar jovens questionadores!
Me peguei algumas vezes mudando de canal por não gostar do que eles estavam assistindo ou colocando naquele canal mais fofinho. Mas as crianças estão crescendo e tento entender porque eles gostam daquele programa e não mais de outro.
A mesma coisa com amizades. A Isa é tímida, tende a ficar meio escondida em alguns momentos, evitando novos amigos, mas mostro para ela como é bom fazer amigos, aprender com outras pessoas. E até aqueles que, por algum motivo, a chatearam algum dia, hoje ela consegue reverter a situação sozinha.
Quero que eles aprendam a escolher, saber o que é melhor para si e, principalmente, a argumentar sobre suas escolhas. Eu não tenho problema algum em mudar de opinião se a opção diferente vier com um bom argumento.
As crianças hoje em dia tem muitas opções, tanto de passeios, quanto de brinquedos ou eventos e atividades extra-curriculares. Precisamos ajudá-los a escolher bem para contornar uma possível ansiedade que esse excesso pode trazer.
Como você lida com isso na sua casa? Conta aqui nos comentários.
beijos
Lele
Quer ler mais sobre o assunto, veja esses dois artigos: Rosely Sayão e Urutagua
Tags: autonomia das crianças, desenvolvimento infantil, fases do crescimento2008-2020 © Eu e as crianças | Criação: Helena Sordili | Desenvolvimento: Carranca Design por Felipe Viana
Adorei esse tema, Lelê. Lá em casa ando me policiando para não dar respostas prontas para o Benjamin, excemplo: “como foi seu dia?” se ele responde “legal”, começava a perguntar “mas o que você fez, brincou, pintou..?” E ele acabava dando a resposta que eu dei. Agora fico incentivando ele a responder sem dar as respostas pra ele. Além de outras coisas, como beber no copo de vidro, tirar a roupa. Criança pequena na idade do Ben (3 anos), tem um pouco de preguiça e se não incentivarmos passamos o tempo todo fazendo as coisas para eles. Confesso que aproveito um pouco pedindo favores, ahahaha. E ele também é muito prestativo, nesse sentido, Benjamin é super autônomo.
Depois de ler Crianças Franceses não fazem manha, mudei meu ponto de vista em várias coisas. Os franceses incentivam muito a autonomia das crianças.
beijos
Gabis
sabe que eu quero muito ler esse livro?
É um contra ponto de tudo o que eu leio, pelo “radicalismo” e tal, mas acho que vai ser bom! hehe
beijao
Le