Nasce uma mãe e nascem as dúvidas. Nasce o segundo filho e elas acabam?
Hummmm não é bem assim que funciona, pelo menos aqui em casa!
Quando a gente tem o primeiro filho somos arrebatados por uma série de dúvidas. Da quantidade que a criança está mamando no peito (tempo, pega, lado etc) a quanto ela está dormindo, tipos de choros, quantidade de roupa, se fica no colo ou no berço, se dorme junto ou separado. UFA! Achei que a vida era menos complicada.
Claro que nesse momento de dúvidas sem fim chovem palpites. As palpiteiras de plantão vão da melhor amiga, passando pela vizinha e, claro, avós e irmãs/cunhadas.
Todas, sem exceção, tendo filhos ou não, são especialistas em maternidade. Veja bem: mesmo quem teve filhos há muito tempo ou quem é apenas a teórica em criação de bebês – porque leu “Nana Nenê” ou “A encantadora de bebês” ou só porque vê Super Nanny ;), tem a razão certa para solucionar o seu com aquela sugestão IN-FA-LÍ-VEL e aquele olhar superior que te enterra na areia e te afunda FOREVER!
E olha que eu nem vou entrar aqui no mérito das escolhas mais polêmicas que a maternidade traz, só estou dizendo que chovem especialistas, com a dica certa para o seu dia-a-dia.
Eu passei pela fase de ter mil dúvidas afinal, com nossos filhos especialmente, a gente não quer errar né? Eu sou daquelas que odeia ser questionada por ter feito X e não Y. É tão óbvio que se fiz de um jeito foi porque eu escolhi ou foi a única ideia que me ocorreu… hahahah Mas sempre tem alguém para cutucar a ferida.
Mas agora, do alto dos meus 9 anos de maternidade outdoor (ou seja, sem contar a gestação da Isa – porque na gestação a gente só tem certezas! Pelo menos no primeiro filho hehehe), posso dizer que não sou especialista em maternidade.
Eu tenho um blog materno, eu falo dos MEUS conflitos, falo da MINHA realidade.
Claro que rolam alguns conselhos ou palpites da minha parte com as mamães novatas mas, se a gente for pensar, nem mesmo os pediatras são especialistas em maternidade. Eles são especialistas em reconhecer padrões em crianças e, se a criança não atende o padrão, liga o alerta.
A gente precisa de muito olho no olho, conversa, sexto sentido e conexão para ser especialista NA maternidade dos próprios filhos.
Falo isso sem medo de errar pois todos os dias os meus filhos me surpreendem com novidades sobre si mesmos. Eu espero uma reação e vem outra, eu penso que farão de um jeito e não fazem e assim por diante.
Mesmo quando você acha que já os decifrou, eles chegam com algo que te tira do eixo, te mostra que são seres mutantes, em formação e que não está nada definido.
Todos os dias aprendo com meus filhos. Aprendo sobre ser mãe, sobre ser filha, sobre ser amiga e sobre como essas crianças estão crescendo.
Hoje eu tenho certeza que não existe essa de ser “especialista em maternidade”, existe apenas APRENDIZADO. E ele é diário, constante e precisa ser PRÓXIMO!
Beijos
Lele
Post publicado primeiro em Storia – aqui ele está revisto e ampliado ;)
Tags: Especialista em maternidade, mãe de dois, maternidade, sqn2008-2020 © Eu e as crianças | Criação: Helena Sordili | Desenvolvimento: Carranca Design por Felipe Viana
Falou tudo, Lele! Seres humanos são complexos demais para alguém ser especialista em qualquer coisa que os envolva!
Isso!
A gente muda, eles mudam
aprendizado diário!
Eu não sei ainda como será quando eu tiver um 2º filho, mas tenho certeza que não vou comprar aquelas dezenas de livros de cagação de regras que comprei quando o Migs nasceu hahahahaaha
HAHAHAH isso mesmo!
Decisão perfeita!