Filhos mestiços

Rolou esses dias uma discussão num grupo materno que eu adoro e logo a Andréa (Lagarta Vira Pupa) me marcou para que eu me inteirasse do assunto.

A conversa era sobre o preconceito com crianças japonesas e/ou mestiças. Pois é… eu não poderia estar mais dentro disso.

criancas-mesticas

Algumas pessoas podem até fazer cara de “oi??” porque esse assunto parece (e é) tão retrógrado mas a verdade é que SIM: muitas pessoas tem preconceitos com tudo o que é diferente do que eles aceitam como “normal”.

Para mim, que sofri com preconceitos e piadinhas desde a época do namoro, o choque maior veio quando fui passear a primeira vez com a Isa sozinha, sem o Ota. Uma senhora chegou, sem medo de ser feliz e perguntou de quem era aquela bebezinha japonesa.

Nesse momento é que eu entendi o que viria pela frente. Talvez por inocência ou por não ter mesmo em mim nenhum tipo de preconceito (eu acho que não tenho, mas to sempre alerta), nunca achei que ter filhos mestiços seria motivo para isso.

A família do meu marido é toda misturada. Desde o irmão mais velho do meu sogro (que tradicionalmente deveria casar-se com uma japonesa e não o fez), a maioria dos casais dos 7 irmãos é composta por um japonês e uma brasileira. Ou seja, tem mestiço de monte nessa família. heheh Tem até jogo Brasil X Japão no sítio no final do ano…

Como bem colocou a Andréa no seu post, precisamos criar filhos livres de preconceitos e, no caso dela, está falando de um preconceito contra alguém que nem pode se defender sozinho… ou seja, crueldade.

Japoneses sofrem preconceitos por serem considerados mais inteligentes, por serem tímidos, por serem menores, pelo olho puxado, pelo modo diferente de comer, pelas tradições familiares enfim… Japa, japonês, japonêis, China, João e Neusa, etc etc são alguns dos apelidos “carinhosos” com eles. Muitos não devem se incomodar mas para outros não deve ser muito fácil lidar com brincadeirinhas assim, o tempo todo.

Como eu disse no grupo, nada pejorativo é legal. E um apelido assim pode ser, de verdade, bem carinhoso. Depende do contexto, do grau de envolvimento e relação entre as partes.

Ser diferente é normal.

Acho ótima a diferença. Ou voltaremos à época de Hitler onde todos precisavam ser iguais e a diferença era exterminada?

Mais amor e mais EMPATIA, por favor!

Beijos
Lele

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