Gabis Miranda no Eu, ele e as crianças na minha casa

Quando eu falo que a blogosfera materna me trouxe muitas pessoas queridas eu falo e lembro de algumas bem especiais, como a Gabis Miranda do Bossa Mãe que é a convidada de hoje.

Gabis é jornalista, super do bem, cheia de opinião e sinceridade, e combina muito comigo em váááááários aspectos da criação dos filhos. ADORO!!
O texto dela é super sincero e me identifico MUITO com ele.
Gabis, amei ter você aqui! LovU queridona!
Aqui em casa nosso lema é “nós nos bastamos”. Pode soar arrogante, mas não é essa a intenção. Amamos estar rodeado de parentes e amigos, mas também ficamos muito bem nós três sozinhos, curtimos nossa companhia e preservamos momentos a três, ou melhor, a quatro – incluindo nossa cachorrinha Capitu. Estamos sempre fazendo programas juntos e acho que nos sentimos meio que sem rumo quando um de nós não está presente. Se estou num lugar sem o marido ou sem o Benjamin sinto como se faltasse parte de mim. Até em casa quando Benjamin está fora ou até mesmo dormindo, eu e marido estranhamos sua falta. Muitas vezes tenho que segurar o ímpeto de acordá-lo.
 
Meu Ben ainda é pequeno, mas acho que já tem certa dimensão dos papéis que papai e mamãe desempenham em casa. É difícil admitir isso, mas eu exerço uma figura autoritária. E o marido uma pessoa tranquila, com quem talvez pode ter aberturas para se conseguir o que quer. Um dos meus anseios era o de ser para o Benjamin a “chata” e esse foi motivo para algumas discussões entre eu e o marido antes mesmo do Ben nascer. Hoje já não tenho mais tanto medo disso. É claro que é difícil dosar a medida entre ser permissiva e autoritária, até porque ele ainda tem apenas 2 anos. Mas sinto que esse é um medo infundado e Benjamin me prova isso diariamente.
 
Mas o grande desafio da criação de nossos filhos se deve por parte disso, essa diferença entre os seres. Um é bonzinho ou outro um pouco menos. Um quer de um jeito o outro quer de outra maneira. Pais são duas pessoas diferentes, com criações diferentes e o grande desafio está em criar em conjunto, o filho – uma parte única formada por dois lados, com os valores e crenças que ambos acham correto. Coerência, paciência e amor são ingredientes chave que sustentam a cumplicidade.  
A verdade é que vejo vários desafios na criação dos pequenos. A correria do dia a dia e esse desejo de dar conta de tudo ao mesmo tempo são mais alguns. O tempo passa voando e vivemos com a sensação de tempo mal aproveitado, principalmente com relação aos filhos. Eu adoraria passar mais tempo com meu Ben. E as vezes fico com a sensação de que estou perdendo a melhor fase. Mas fazemos valer cada momento. Quando estamos juntos é como a música Velha Infância, da Marisa Monte: “…e a gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa, de ser criança. A gente brinca na nossa velha infância.”

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