Isso é coisa de menino…

Quando Otavio caiu e rachou a testa (ufa! foi um susto mas passou! heheh) eu me peguei repetindo uma frase bem clichê: coisa de menino!

 

Coisa de menino

Até que um colega me alertou que sua segunda filha, era a mais arteira dos 2 (ele tem um menino mais velho) e que era sempre ela que quebrava alguma coisa ou demandava mais do plano de saúde! heheh

E eu passei a reparar nessa questão e desligar a chave do “clichê menino” para justificar tudo o que acontecia de intenso no meu dia-a-dia de mãe de menino.

Estamos TÃO acostumados com isso que sai automática a resposta. São culturas e pré-conceitos que vem láááá de longe e faz a gente viver sem pensar sobre isso no dia a dia né?

Tem ovo de menina, tem roupa de menino, tem sapato de menina, corte de cabelo de menino, brinquedo de menina e assim por diante…. que mundo chato esse.

Isabela faz aniversário logo mais e a madrinha ligou perguntando o que ela quer de presente e ela? Pediu Lego Friends que é o tal do “lego de menina”. E a minha irmã: isso existe?

Pois é, pois é… quando não se tem filhos essas questões passam tão longe que nem nos damos conta. Mas é só o primeiro filho nascer e fica tudo muito mais evidente. Da loja de enxovais para bebê à loja de brinquedos e, mais recentemente, até nos alimentos.

Não né gente?

Como queremos viver num mundo sem preconceitos se a gente segrega desde cedo?

Aqui em casa os dois brincam juntos, de carrinho ou boneca, de lutinha, de correr, de panelinha. Isa ama verde, azul. Otavio veste rosa, laranja e ok também. Não apresentamos a eles esse mundo segregado, porque mais cedo ou mais tarde eles vão dar de cara com isso mesmo… uma pena.

Claro que a Isa é mais princesa/sensível e o Tato é mais moleque, arteiro. Mas são atitudes NATURAIS deles, sem imposição dos esteriótipos de gênero para crianças tão pequenas.

E por aí, como é? Um mundo azul e outro cor de rosa, coisa de menino ou de segundo filho?

beijos e ótima semana,
Lele

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8 comentários em "Isso é coisa de menino…"

  1. “Como queremos viver num mundo sem preconceitos se a gente segrega desde cedo?” – Falou tudo que penso em apenas uma frase!!!

    1. Obrigada pela visita aqui Cecília! bjs

  2. Carolina disse:

    Lê, adoro seu site e adorei mais ainda seu post sobre clichês de gênero. Tenho uma filha de 10 anos e um filhote de 1 ano e 2 meses. Toda vez que coloco uma roupinha no bebê que foge aos padrões de “menino” alguém na rua me pergunta: “é um menino? Mas ele tá de rosa..” Uma pena! Beijos.

    1. Obrigada Carolina!!
      Uma pena mesmo porque a roupa é o que menos importa né?
      beijao
      Lele

  3. Ai Le, isso é tão difícil né? porque a gente tenta criar eles sem esses preconceitos aí vem o amiguinho e solta uma “coisa de menina”, muitas vezes cultivado pelos próprios pais.Mas é sempre bom saber q existe gente que pensa como nós! (nao posso dizer nada porque nao tenho menina, mas acho q criaria da mesma forma, respeitando os “cor de rosas”, mas trataria como criança! e ia adorar se ela fosse como a Isa) beijo

    1. Linda!
      Tendo só meninos acho que isso não fica evidente, mas o importante é não dar fermento para isso que é tão besta… heheh
      Adoraria ver uma filha sua igual a Isa, toda arteira!!
      beijao
      Le

  4. Gabi Miranda disse:

    Lá em casa mostri ao Benjamin aquele vídeo da menina na loja de brinquedos questionando pq tudo é rosa e princesas pra meninas quando elas tb querem brincar de super heróis. Ele virou e me disse: mãe, pq super herói são os meninos. E lá vou eu explicar que meninas tb podem ser super heróis. Infelizmente, é uma coisa da sociedade. Por mais que a gente ensine diferente, na escola eles já aprendem essa divisão. O negócio é tentar plantar nossos valores. ;)

    1. Sim Gabis, é nosso trabalho diário.
      Não podemos aceitar e só né?
      eu conheço uma super heroína, você não? hehehe
      beijos
      Le

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