Limite: caminho para a construção da autonomia

No último dia 06, blogueiras da rede HubMe e convidadas estiveram numa roda de conversa com a equipe do Educacuca, na Livraria da Vila, nos Jardins, São Paulo.

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O bate-papo teve como tema “Limite: caminho para a construção da autonomia” e foi mediado pelas educadoras do Educacuca, Silvia Zerbini e Waleska Pontes, e apresentado por Cris Vairo, a idealizadora do projeto.

Limites e autonomia

O papo rendeu altas reflexões, risadas e emoções (até lágrimas), e tento reproduzir um pouco do aprendido lá, agora para vocês! ENJOY IT!

Toda vez que falamos de limite o mais natural é entender que delimitamos o que não pode. Mas o desenvolvimento do limite deve dar conta também do que o ser PODE fazer.

Esse exercício/desenvolvimento deve acontecer desde o dia 1 da criança e deve ser exercitado diariamente.

A construção da autonomia é possível a partir da observação, por isso pai, mãe e os cuidadores da criança devem ser os principais responsáveis pelo desenvolvimento da autonomia dela. E é muito importante que todos estejam em sintonia com os objetivos da educação da criança.

Esse desenvolvimento se dá a partir da união da personalidade (que é herdada e direcionada pelas condutas dos pais) com o aprendizado diário (que depende diretamente do mediador) e conta ainda com o momento/contexto vivido.

Por mais que pareça difícil encontrar o equilíbrio do desenvolvimento de limites e autonomia – e seja mais fácil superproteger, educar deve ser um exercício de acolher e soltar! Mostrar para o seu filho que você está lá, que ele pode contar com você. Uma espécie de #tamojunto!

Os filhos precisam entender que a vida é repleta de desafios, que precisam ser enfrentados pelo indivíduo sem o anteparo dos pais. Que é uma batalha pessoal e que os pais estão lá (devem estar) para suporte e auxílio, mas não para lutar no lugar deles.

A medida do limite não existe, ela é particular de cada núcleo familiar. Não pode ferir e violentar nenhum dos membros da família (como o deixar chorar, o autoritarismo radical e etc).

A Silvia sugere uma dinâmica com os Sacos dos Limites. São 3 momentos:

– Saco do NÃO (poucas coisas). Exemplo: trocar o almoço por tranqueira.

– Podemos conversar (situações negociáveis). Exemplo: dormir na casa da amiga – tem dias que sim, tem dias que não.

– Essa briga eu não compro (pode fazer, sem os pais questionarem). Exemplo: Usar uma meia de cada cor.

Esses sacos dos limites devem refletir os valores morais da família, além de ressaltar que toda escolha acarreta uma responsabilidade. E é super importante compartilhar com a criança o porque de cada situação.

No mais, vale a máxima que já consideramos aqui no blog:

A criança aprende mais pelo modelo do que pela fala.

UFA! Foi ou não foi uma tarde incrível de aprendizado?

Eu amei estar lá e esperamos, em breve, ter mais momentos assim com outros temas e mais convidados.

Beijos
Lele

4 comentários em "Limite: caminho para a construção da autonomia"

  1. Flor eu amei o encontro!! Realmente uma tarde de muitos aprendizados e reflexões! O que ficou pra mim é que nós mães (e pais) precisamos sempre re-avaliar o cordão que damos ao filho – até onde ele deve esticar? Tem que horas, e horas que menos né? Seu texto resumiu super bem como fazer essa reflexão!!! Beijos :)

    1. Obrigada querida!
      Precisamos de mais encontros assim!
      super beijo
      Le

  2. Helena disse:

    Que ótimo Helena realmente, educar deve ser um exercício de acolher e soltar! Mostrar para o seu filho que você está lá, que ele pode contar com você. Uma espécie de #tamojunto!

    amei bjos

    1. Que delícia ter você por aqui!
      Volte mais vezes hein?
      beijao

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