Medo de crescer

Tem uma fase na vida da criança que o medo de crescer aparece. E por aqui ela já deu as caras por meio da Isabela que completa 6 anos no final do mês.

A princípio fiquei preocupada, muito mesmo, mas lendo sobre o assunto, conversando com o meu marido e com a psicóloga da escola, me tranquilizei e entendi melhor que é uma fase e que algumas crianças vivem isso de forma mais consciente do que outras.

Imagem: Dreamstime

Como já contei, a Isa mudou de unidade da escola agora que está no Ensino Fundamental e, junto com essa nova escola temos trabalhado, em um processo evolutivo – desde o 2o semestre do ano passado, o desenvolvimento de algumas autonomias como, ir ao banheiro sozinha, amarrar seu tênis, se trocar sozinha, banho apenas com supervisão, uso de garfo e faca, entre outras.

Acontece que ela é esperta e já percebeu que o ganho de autonomia significa menos pai e mãe tão junto nas atividades cotidianas (mas quem me conhece sabe que aqui a maternagem é com apego) e aí ela apitou… E nesse momento entram em ação nossas habilidades para mostrar a ela o que vai mudar de fato e o que não vai mudar nunca.

O ganho de autonomia não significa a quebra de vínculo. Pelo contrário, estaremos mais atentos nessas conquistas dela e prontos para sermos sua proteção e defesa. Mas esses medos são normais nessa fase: o medo de ficar sozinho, medo do desconhecido que implica em medo de crescer.

Há também crianças que se manifestam pela revolta. O medo de crescer é tão grande, e elas já entenderam onde isso pode chegar, que a revolta entra na rotina e os pais não conseguem assimilar esse novo comportamento do filho.

Como mãe minha atitude é na base da conversa e do apoio, sempre. Mostro que estou aqui e que nada vai mudar (pelo menos não tão radicalmente ou rápido como ela sente) e procuro ser sua segurança para ela conseguir enfrentar esse medo agora e os próximos que virão.

Para saber mais sobre o assunto, leia o texto de Rosely Sayão.