“Eu nunca senti tanto medo na minha vida” ouvi essa frase de uma querida amiga, dias depois que sua mãe, minha madrinha, foi internada. Mal sabíamos que mais uns dias e ela viria a falecer… aí sim, sentimos um medo sem fim.
O medo é um sentimento muito mais comum do que imaginamos. Muitas vezes a gente não acha que é medo mas é… mas, o pior é não saber lidar com ele.
Às vezes o medo paralisa, nos torna mais frágeis e vulneráveis, mas muitas vezes ele desperta em nós a vontade de enfrentar e romper esse limitador!
No dia-a-dia com crianças é muito comum lidarmos com medos, nossos e deles.
Muitas vezes as crianças são destemidas porque não conseguem calcular o risco das ações e são os pais que acabam dando as noções do medo.
Aqui em casa é assim: Isabela tem medo de algumas coisas… um pouco do escuro (mas pede para apagar a luz para ver os Gogos brilhando), de ficar sozinha, de atravessar o corredor sozinha para ir ao banheiro, de ir na cozinha de a portal que dá para o quintal estiver aberta… coisas normais, a meu ver, para uma criança de 4 anos.
Otavio não tem medo. De nada! Fim! kkkk
Destemido MESMO! Ele é, muitas vezes, a companhia da Isa para ir ao banheiro. Visualizem a cena: Isa indo de mão dada com o irmão pelo corredor até o banheiro. OWNNNNN! Lindos ne?
Nesse episódio recente, da doença e falecimento da minha madrinha, mãe de 3 grandes amigas-irmãs minhas, meu maior medo veio quando me coloquei no lugar delas… (Aliás, que exercício bom esse ne?)
Desde o momento em que ela foi internada até o adeus, naquele domingo triste, me coloquei no lugar delas e pensei nos meus pais e como será quando chegar a vez deles…
Pode parecer meio deprê ou imaturo mas, vou dizer, não estou preparada para isso… é um choque de realidade muito grande para mim. Mas o que posso fazer com esse medo? Enfrentá-lo, sem pensar nele, mas curtir cada momento com meus pais, aprender mais e mais com eles, respeitar, amar, me fartar da presença deles em minha vida. E ser feliz tendo eles comigo!
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