Não existe criança difícil

Dia desses eu repostei uma frase que vi no Twitter e sofri represálias pela minha generalização (embora a maioria dos comentários tenha sido favorável ao que eu postei… uma triste realidade).

criança difícil

 

Um grande números de leitores/amigos do blog comentaram dizendo que pararam para repensar…

Sim, a gente perde a paciência, vive cansado ou com presa e a consequência disso pode ser sim refletida na atenção/cuidado com os filhos. Ou vai dizer que depois de horas no trânsito ou de ter um dia difícil com clientes/chefe você consegue chegar em casa completamente zerada para encarar a rotina com as crianças?

Claro que precisamos separar as coisas, deixar os problemas de trabalho lá mesmo, não misturar os compartimentos etc etc, mas quem disse que a vida é assim, tão cartesiana? Quantas mães e pais vivem hoje em home office, são empreendedores e trabalham por conta. Atendem e respondem clientes mesmo quando os filhos já estão em casa? Aqui isso é uma realidade…

Mas mesmo que você trabalhe fora, depois de um dia exaustivo é fácil sentar no chão para brincar/jogar algo que nem as regras você entende direito (mas que as crianças dominam)? Isso sem contar com o jantar, deixar a cozinha limpa, preparar as mochilas do dia seguinte e ainda responder alguns emails antes de tomar um bom banho e dormir.

Tá certo que não devemos generalizar. Existem sim crianças “difíceis”… mas será que elas não estão APENAS tentando chamar a sua atenção? Será que a birra não é sono, fome ou carência? O mau comportamento em casa, na escola ou com a família não pode ser relacionado a algo do dia-a-dia que não está legal?

Muitas vezes as crianças estão apenas RE-agindo ou testando os limites. E se os pais não se derem conta das próprias atitudes vão rotular a criança difícil e pronto. Se os pais não colocarem limites será mais um passo para a formação de uma geração de adultos mimados e que não sabem lidar com nãos e frustrações.

Crianças difíceis, em geral, estão nos dando sinais. Talvez não seja simples entendê-los mas apenas rotular não é a melhor saída.

A auto-crítica é fundamental. Ser um pai/mãe presente, responsável por suprir as necessidades dos filhos (em especial as emocionais) nessa fase de formação é fundamental. A criança precisa se sentir segura, precisa entender que existem regras, rotinas e formas de viver: em casa, na escola, em sociedade.

Como bem disse uma amiga, crianças difíceis tornam-se adolescentes ainda piores… porque reune a falta de limites com uma época de questionamentos sem fim.

Quer ler mais sobre isso? Tem post da Gabriela – Aprendizados de Mãe e da Milene – Diiirce. Valem a pena!

Espero que curtam a reflexão!

beijos

Lele

9 comentários em "Não existe criança difícil"

  1. Cléo Moretti disse:

    Lelê, é tão complicado falar sobre isso, pois nem sempre o ouvinte compreende exatamente o que se quer dizer.
    Mas, eu, penso que as crianças difíceis são frutos de falta de limites aliada a forte personalidade.

    1. concordo com vc Cleo
      a crianças nao nasce dificil… heheh
      bjs

  2. Realmente esse é um assunto delicado. Acredito que não é legal rotular as crianças como difíceis, teimosas, arteiras ou qualquer outra coisa, mas confesso que eu mesma acabo fazendo isso sem querer com meu filho só que, na verdade, muitas vezes ele está sinalizando que quer atenção. Texto legal pra gente refletir! Beijos, Fabi

    1. Pois é Fabi
      a generalização (criança difícil ou pais sem paciência) é ruim sempre, mas vale a reflexão pois “culpar o outro” é sempre mais fácil
      bjs
      Lele

  3. Gabi Miranda disse:

    Acho complicado a todo instante ter que ficar nos policiando com o que falar nas redes sociais. As pessoas interpretam do jeito que quer. Não acho que exista crianças difíceis, concordo plenamente com a frase inicial do post. Assim como vc, acho que quando a criança tem um comportamento ruim é porque estão precisando de atenção e aquela é a forma que acham para conseguirem. E claro, precisamos sempre encontrar o equilíbrio das coisas. ;)

  4. Eu concordo plenamente com o twitt. Os dias são tão corridos, tão cheios de coisas , que as vezes não nos dedicamos como deveriamos aos filhos e nem conseguimos ponderar, por causa da correria e dos afazeres mesmo.

    Mas claro que não dá pra generalizar!

  5. Ligia Orsati disse:

    Lele, td bem?
    Ultimamente estamos estressados até na hora do “bom banho”.. a neura é de não gastar água de ir rápido pra diminuir o gasto com o gás, etc.. Desse jeito fica difícil, né?

    Lá em casa estamos sempre atentos e cobrando um do outro (eu e o Fá) sobre o tratamento com as crianças. Eles não tem nada a ver com o mundo adulto e nós temos que aproveitar o máximo de tempo com eles deixando os problemas de lado pois isso pode até causar uma ruptura no nosso relacionamento – pais x filhos.

    Beijo

  6. Educar não é facil, não existe formula pronta, mas sempre é bom buscar informações que possam auxiliar!
    Adorei o post, é um assunto delicado que foi bem abordado!

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