Cena clássica num restaurante: uma criança começa a chorar, numa mesa distante, bem escondida. O choro persiste e é quase magnético, as pessoas começam a olhar, uma a uma, em direção daquela mesa mal localizada mas que ecoa por todo o salão. O choro é magnético!
Depois de uns, no máximo, 10 segundos, a leve curiosidade vira incômodo e as pessoas não apenas olham mas entortam bocas e sobrancelhas, gesticulam e apontam, ainda que discretamente, para aquele casal tão inábil com o choro da pequena criança.
Não é ficção, é vida real.
Quando vejo essas cenas fico atenta para não demonstrar qualquer reação já que estive, recentemente, do outro lado do balcão: sendo a mãe que recebe os olhares acusadores… Hoje meus filhos não choram mais assim em público a menos que eu não compre a batata frita, mas quem nunca passou por essa situação que atire o primeiro olhar congelante.
Mal sabem os presentes que a mãe, e talvez o pai – ou ambos, escolheram a mesinha mais escondida justamente para não se tornarem o centro das atenções. E que o choro de criança que incomoda os comensais também os incomoda.
Mal sabem os comensais que aqueles pais precisam desse respiro, de ir para o mundo, ver gente e comer a comida feita por alguém que não eles próprios, ainda que tenham que ser vigiados por olhares curiosos e inquisidores.
A grande verdade é que choro de criança incomoda os outros. Incomoda quem não é pai ou quem já passou dessa fase há muito tempo… Os pais não tem tempo para se incomodar com aquele choro eles querem, acreditem, resolver o problema. Não vou entrar no mérito do COMO ok? Mas acredito que nenhum pai queira almoçar ao som do choro do próprio filho.
Não vamos falar do “deixar chorar”… não compactuo e não propago! Simples assim! heheh
Quando estou nessa situação, almoçando com a trilha sonora de um chororô a minha vontade é ir lá e abraçar… a MÂE! Dizer a ela: fique tranquila, ele vai acalmar. É fase, passa. E dar apoio a mãe (e ao pai) que recebeu aquela centena de olhares e pensamentos de acusação.
As pessoas são cruéis. Elas se incomodam com os arranhados de suas situações perfeitas para selfies, seus cartões postais digitais… Cruéis e egoístas.
Claro que há muita falta de senso entre pais, passeios inadequados para as faixas etárias e etc. Mas em geral, a criança está “só” chorando. Podemos ser um pouquinho mais pacientes né?
beijos
Lele
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Nossa, acho abominável quem olha torto pra mãe e pai de criança chorando, e já vi isso vindo de gente que já teve filho, mas acho que esqueceu como era rs… Um dia uma vizinha q eu nunca tinha conversado no prédio me encontrou no hall e falou: “é esse bebe que chora tanto?” que forma mais simpática de querer fazer amizade com um vizinho né? aff, ainda bem q foi embora rs
beijo Le
hehehe pois é! tem gente que esquece mesmo
Povo sem noção grau 10!
beijos
Nossa Lele, também fico doida pra dar um abraço na mãe… Os olhares são cruéis e os julgamentos tão injustos… Adorei sua reflexão! Beijos, Maria Cecília
Obrigada Maria Cecilia!
Pois é.. tão injusto! Como se os pais quisessem que a criança chore.
bjs
olá alguem de vcs já foi impedida de entrar em um restaurante ou hotel por estar com uma crianças
sou jornalista da tv record, domingo espetacular, favor entrar em contato, estou precisando de uma história ok , guerra.jornalismo@gmail.com
abs
Oi Luiz
eu nunca fui, mas vou ver se conheço alguem