Proibir ou educar: eis a questão!

A gente sabe que educar não é fácil… mas tem muita gente pegando atalhos por aí, proibindo tudo e seguindo em frente, sem pensar nas consequências disso.

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Bem, a verdade é que não dá para ser a mãe chata (ela até foi substituída, lembram??) e proibir e #fim, nem largar mão e deixar tudo…

Vou contar uma coisa bem séria: Educar dá trabalho! 

E a gente só se dá conta disso quando leva a educação a sério mesmo. Os nossos pais educavam, pelas vias deles, ora proibindo, ora limitando e a gente ta aí né? Não, não vou dizer: SOBREVIVI porque não estou criando sobreviventes, mas vou dizer que aprendi tanto a respeitar os outros, quanto a dar valor para as coisas e ainda a saber a hora certa para (quase) tudo.

O que me choca nessa questão do proibir ou educar é que as xiitas (sim, tô falando de vocês) proibem tudo: o desenho, o lanche, o chocolate, o brinquedo licenciado, a roupa do personagem e etc e aí cria o que? Um monte de adultos frustrados que não tiveram experiências com nada… ou, nem precisamos fazer esse exercício de previsão do futuro, basta analisar essas crianças num ambiente sem as mães.

Sério gente! Já viram uma criança proibida de comer chocolate quando se depara com uma mesa de brigadeiros na festa no buffet (as xiitas morrem) em que a mãe não foi convidada? HAHAH Só de lembrar eu já dou risada sozinha.

Ao invés de criar o terrorismo (nutricional ou de qualquer ordem), não é melhor criar regras?

Não é melhor a criança entender que essas coisas que a mamãe proíbe compõem o mundo em que ela vive mas que, em excesso (como qualquer coisa nessa vida, diga-se de passagem), fazem muito mal? Pense só de no lugar da proibição vier a experimentação?

Eu já proibi sim, mas percebi que meus filhos estavam mais ansiosos do que qualquer coisa… eles nem sabiam o porque do não. Sim, eles eram menores e não tinham recursos para decidir sozinhos, mas a medida que eles crescem (e desenvolvem senso crítico – AMÉM!!! filhos que pensam!!!) como dizer “porque não e pronto”?

porque sim não é resposta

“Porque sim” ou “porque não” não são respostas….

Para os pais, proibir é muito mais fácil a curto prazo. Mas, e a longo prazo?

Minha sugestão? Ensine, mostre o que é bom e o que é ruim. Se um desenho não é legal mas a criança curte muito, deixe assistir mas fique ao lado e mostre as situações que discorda. Promova uma reflexão do seu filho, use metáforas, analogias, coloque ele no papel do personagem X ou Y do desenho.

E isso vale com tudo: atitudes na escola, alimentação, passeios, programas de TV, relacionamento com os amigos e etc. Explicar o porque, mostram os pontos, ajuda a criança a entender melhor a situação.

A medida que eles crescem os desafios aumentam, o trabalho na criação dos filhos deixa de ser braçal e passa a ser intelectual. E precisamos saber lidar com eles, com os dilemas das fases e da geração da qual fazem parte.

Não é simples, mas é bem prazeroso vê-los amadurecendo com saúde (mental, emocional e etc).

beijos
Lele

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16 comentários em "Proibir ou educar: eis a questão!"

  1. Nossa, Lele! Pegou pesado hoje, hen? :)
    Estou aqui pensando se sou xiita porque meu filho de quase 3 anos nunca tomou refrigerante ou comeu bolacha recheada na vida. Creio que não, porque ele mesmo nunca demonstrou interesse nem em experimentar. Diferente do que acontece com chocolate e sorvete, por exemplo. Esses ele já experimentou, mas tem uma “cota” de doçura por dia.
    Entendo teus argumentos, mas não dá para pensar que uma criança (seja de 3, de 5 ou de 10 anos) possa se mandar, né? Também quero criar um ser crítico e pensante, mas quem manda em casa é a mamãe e o papai, certo?
    Para finalizar (o meu comentário, porque assunto não acaba nunca!), vou deixar a reflexão que fiz no meu blog – em forma de poesia, como eu gosto de fazer:
    http://somelhora.com.br/index.php/2016/01/28/arte-de-educar-poesia-2-anos/

    1. Oi Talita!
      eu concordo com você… os meus, por exemplo, não tomam refri. No começo pq eu proibi, hoje pq eles não curtem, não gostam mesmo.
      E sobre a cota de doçura, é igual aqui.
      Somos equilibradas e não xiitas. Pode ter certeza!
      hehe
      bjs

  2. Patricia disse:

    Lelê, amei o post. Já fui mãe xiita. Hoje, acho que sou apenas chata, às vezes. Tem dias que a mãe chata tira folga. Entendo o meu antigo xiitismo (sic) como insegurança. Não sei se é isso com todas. Mas eu era insegura em liberar TV, doces, e tals… E não funcionou. Fui “relaxando” e acho que foi a melhor opção que tomei na vida.
    Beijos

    1. Acho que mostrar o porque das decisões faz a gente tb refletir sobre elas… e sim, concordo que é mais do que tudo insegurança ou a vontade de fazer tudo perfeito.
      beijo enorme
      Le

  3. Gabis Miranda disse:

    Noooooooossa, arrasou, Leles! Adorei esse post. Deve ser mais fácil proibir do que promover reflexões, estar junto, explicar, apresentar….enfim, adorei seu post! Beijooo

    1. Eu gosto quando vocês gostam!! hehe
      beijao
      Lele

  4. Adri disse:

    Acho essa forma a melhor…..não é fácil mesmo é procuro sempre a razão do não

    1. Ajuda a gente a refletir ne?
      E melhorar… enfim
      bjs
      Lele

  5. Adri disse:

    Educar é o que realmente temos que fazer,
    o proibir é bem complicado por que quanto mais se proíbe parece que fazem o errado,
    acredito que se educarmos ensinando tudo dar certo
    bjs

  6. Adorei o post Le! E tb penso assim! (tudo bem que nessa parte de ficar do lado dizendo porque algo não é legal eu acabo infernizando demais, mas né? Ninguém é perfeito rs
    beijo querida e bom fim de semana!

    1. hehe estamos na função de mães… infernizar faz parte!
      beijao

  7. melissa disse:

    Ser radical não adianta, não faz bem…é preciso equilíbrio sempre!!

    1. é esse meu “tagline” hehe tentando o equilibrio, sempre!
      beijao

  8. Adorei este post!
    Eu própria proíbo a minha filha de chocolate, mas ela come um bocadinho. Mas não quero que ela coma muito, porque muito açúcar faz mal à saúde! Ela só tem 2 anos por isso não percebe bem isso, mas tenciono explicar-lhe depois… ;)

    1. Acho que se moderarmos fica mais fácil de entender…
      Com 2 anos ainda não entendem e é preciso ser mais firme.

      beijos

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