Thaiz Cabral no Eu, ele e as crianças na minha casa

Quando eu montei essa coluna aqui no blog um dos meus maiores desejos era trazer perfis diferentes do meu para falar da sua experiência na criação do(s) filho(s) e, o que parecia tão natural, virou um empecilho… Mas, hoje a convidada é uma querida que aceitou o desafio – como sempre ela faz, e trouxe sua história para nós.

Thaiz Cabral é mãe do Dudu (lindooo!!), uma das autoras do delicioso Loucura Materna e profissional da área de tecnologia. Dona de um humor ácido (que eu adoro) e um jeito muito especial de cuidar do seu filhote, ela se separou do pai do Dudu há quase 2 anos e, de lá pra cá, equilibra os pratinhos da carreira profissional e vida pessoal com muita organização e regras, mas descobriu no seu filho um companheiro incrível para o dia-a-dia.

Thata, obrigada pelo depoimento tão sincero e por mostrar um lado bem real da vida de mãe que tem que dar conta de tudo sozinha!

Thaiz Cabral

Bom, lá em casa não existe mais o “Ele”, pelo menos formalmente, porque sou divorciada do pai do Dudu há um ano e meio. Ele tinha pouco mais de dois quando nos separamos e após um pequeno período de turbulência, percebo que Dudu lida (da maneira dele) até que bem com os pais morando em casas diferentes. Tem seu quarto e suas coisas nas duas casas, sabe os dias em que tem que dormir na casa do pai e sabe também das regras que devem ser obedecidas, pelo menos aqui em casa. O pai dele e eu temos um bom relacionamento, tentamos afinar o discurso na medida do possível, mas não tenho nenhuma interferência ou conhecimento da criação dele na casa do pai, então pra não entrar em conflito, faço minha parte independente de saber como são as coisas na casa dele.

Por ele morar comigo na maior parte dos dias, aqui a rotina é bem rígida: tem horário pra comer, pra dormir,  pra tomar banho e até pra comer porcaria, se espalhou os brinquedos precisa recolher tudo, sujou, tem que limpar. Faço isso não porque quero ser má, mas moramos só os dois, preciso dar o mínimo de senso de ordem pra ele, senão enlouqueço. Trabalho o dia todo, ele fica na escola o dia todo, então nos vemos de manhã, a noite e aos finais de semana, sem rotina, o caos toma conta de tudo. A visão que acho que ele tem de mim e do pai é que lá tudo é festa e que aqui tem rotina, tem lição de casa, tem toque de recolher. Não posso culpá-lo, ele vai pra casa do pai, viaja, passeia e se diverte. Aqui é a vida real e é óbvio que ele adora quando vai pra lá.

Meu maior desafio na criação do Dudu é justamente esse, passar os melhores valores possíveis pra ele sem ser somente a mãe chata da história. Felizmente Dudu e eu somos muito companheiros, nos divertimos muito juntos, mas sou sim bastante criteriosa na criação dele. Me dá pânico só de pensar em ter um case de Supernanny aqui em casa (toc toc toc) e graças a Deus isso não acontece, Dudu é um amor de menino e fico feliz em saber que estou fazendo a minha parte em criar uma boa pessoa. Não é nada fácil, mas vale muito a pena!

Thata, você é 10 e Dudu sabe disso!
beijão e obrigada
Lele

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