Muitas vezes sou questionada sobre o uso das redes sociais no meu dia-a-dia e das crianças.
Quando se tem um blog materno o limite entre simplesmente postar algo e a super exposição é muito tênue. Além dessa questão há o perigo em transformar a gestão disso em vício em redes sociais, já que são muitos perfis para administrar.
Antes do blog tomar a forma e o volume que tem hoje, o meu perfil no Instagram, por exemplo, era misturado. Postava sobre o meu dia-a-dia e sobre o blog. Eu demorei a ter uma fanpage pois sabia – por administrar fanpages de clientes, que dá trabalho e toma tempo.
Por muito tempo minha principal rede social foi o Twitter. Eu adorava acompanhar e bater papo por lá. Trocar ideias, seguir e interagir com famosos, formadores de opinião e pessoas que eu admiro.
Passado um tempo me viciei no Instagram. O instantâneo, os filtros, o olhar filosófico sobre as paisagens comuns… ou mesmo sobre as gracinhas das crianças ou um encontro inesperado com uma amiga! Uma delícia.
Mas, independente da rede social da vez, a minha rede social (que pode ser chamada de mídia social*) queridinha desde de 2010 é o Pinterest.
*Rede social requer amigos. Mídia social não. E no Pinterest você pode fazer TUDO sem precisar se conectar a ninguém, só buscando e repinando.
A verdade é que é MUITO fácil se viciar em redes sociais.
A partir do momento em que o celular se transformou em um microcomputador que cabe no bolso (Valeu Rafa pelo insight!), os smartphones nos permitem quase tudo a poucos cliques/apps/touchs. E a gente vicia mesmo!
Está tudo fácil e a mão! A gente usa né?
Uma outra questão importante a considerar é a felicidade inflacionada: as redes sociais nos mostram que todas as pessoas são felizes, a gente quer ser feliz, a gente busca isso nas redes sociais e vira um ciclo vicioso (perdão ao trocadilho… hehe).
Nessa busca pela felicidade, a popularidade e as buscas pelos likes é desmedida. As pessoas querem mais likes em suas fotos e conteúdos. Comentam e marcam pessoas, abusam de selfies e fotos ousadas, arriscam-se mais pela foto perfeita ou pelo pensamento mais fodástico/sarcástico/engajável.
#preguiça
Aliás, isso dá um outro post porque eu acho que sim, tem perfis que são MI-LI-ME-TRI-CA-MEN-TE pensados para ter popularidade (e chegam lá!). Mas tem perfis que engajam e acontecem simplesmente pela espontaneidade. Eu curto isso!
Há ainda mais alguns fatores interessantes que geram o vício em redes sociais. Um deles é o saudosismo. As pessoas sentem saudades de amigos, pessoas, épocas em suas vidas. Para os quarentões como eu, um post dos anos 80 é motivo suficiente para gastar mais tempo do que se imagina consumindo aquele conteúdo.
E as inspirações (que é o caso do Pinterest e um pouco do Instagram também) também são fontes de vício. Eu tenho mais de 60 boards no Pinterest. Mas quantos projetos e inspirações salvas eu realmente executei?
Muitos conteúdos do Pinterest me servem de fonte para posts e curadorias, mas uma grande parcela eu salvo porque penso: um dia vou fazer isso! Mas não encontro esse tempo livre quase nunca…
Pesquisando sobre o tema me deparei com essa sigla: FOMO que significa Fear Of Missing Out, ou seja, o medo de estar perdendo algo.
Isso é conhecido, nos meios tecnológicos, desde as saudosas e maravilhosas salas de bate-papo do UOL – tinha horário e dias melhores para encontrar gente legal por lá. E se você não estivesse batia essa tão sensação de estar perdendo algo importante.
Se a gente, que é mãe, passar muito tempo nas redes sociais, o que será que estamos perdendo?
Justamente o desenvolvimento das fontes de inspiração do blog: a infância e a vida dos nossos filhos. Estaremos perdendo nossos relacionamentos reais, nossa base sólida sem tecnologia.
Ok! Vocês já entenderam o perigo do vício em redes sociais e agora vem a pergunta:
Eu não tenho a fórmula mágica ou secreta. Muitas noites me pego pulando de rede em rede conferindo postagens, curtidas, comentários numa dança de dedinhos que incomoda até a mim mesma. Mas, tenho tentado mudar – não é fácil, ainda mais tendo redes de clientes para administrar e demandas que não obedecem, necessariamente, o horário comercial.
Fiz uma lista com algumas dicas que podem (me) te ajudar!
A gente não pode esquecer que somos exemplos para os nossos filhos. Sempre! E eles irão repetir nossas ações. Ficou preocupado? Então tá na hora de se DESCONECTAR ;)
E pensando nas crianças, vale a pena ler esse post: O uso seguro da internet por crianças.
Espero que esse post te ajude a entender o que as redes sociais podem ser ótimas, desde que usadas com moderação e equilíbrio – como a maioria das coisas em nossas vidas!
beijos
Lele
(Esse post faz parte de uma série de desafios de a turma de Mentoria do curso Meu Blog de Sucesso fez entre si! Vem mais por aí!)
Tags: redes sociais, vício, vício em rede social2008-2021 © Eu e as crianças | Criação: Helena Sordili | Desenvolvimento: Carranca Design por Felipe Viana
WoOhHoO!! Arrasou! Amei o post!
Na hora já desativei algumas notificações que ainda estavam ativas! hehehe
Eu não tenho um horário certo para as redes sociais, mas na maioria dos dias é bem parecida com a tua: de manhã cedo e à noite, depois do filhote ter dormido.
Incrível demais essa matéria! A gente não quer aceitar que é viciado, meu marido fala isso o tempo todo. Chocada!
Incrível demais essa matéria! A gente não quer aceitar que é viciado, meu marido fala isso o tempo todo. Chocada!