Déficit de Atenção e Hiperatividade

Déficit de Atenção e Hiperatividade ou o chamado TDAH é assunto que sempre interessa mães e pais por aí. Hoje trago o post da psicóloga Thaiana Brotto especialmente escrito para o blog! Espero que gostem!

Desatenção, notas baixas, dificuldade em entender regras e limites, problemas de relacionamento com os colegas, não conseguir ficar quieta por muito tempo. Características normais da maioria das crianças? Nem sempre. Quando esses sintomas acontecem simultaneamente, tanto no ambiente escolar quanto no familiar e interferem significativamente nas atividades normais da vida, o problema pode ser mais sério.

TDAH
Entre 3% e 6% das crianças de todo o mundo sofrem de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mais comum de ser percebido na idade escolar, entre os 6 e 12 anos de idade, mas que, em 60% dos casos, acompanha o indivíduo até a idade adulta, apesar de diminuir de intensidade. Esse transtorno tem origem neurobiológica, de causas genéticas e é oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, a OMS.

Em alguns países, como os Estados Unidos, a crianças com TDAH têm direito a receber tratamento diferenciado na escola. No entanto, para ser diagnosticada, é preciso compreender como e porque o transtorno se manifesta.

Diagnósticos errados e irresponsáveis acabaram tornando a TDAH em uma espécie de “doença da moda”, com crianças sendo medicadas de forma a apaziguarem pais e professores e “se encaixarem” em comportamentos pré-estabelecidos, quando eram apenas travessas ou não gostavam de estudar. Uma criança que apronta todas na escola e em casa é sossegada, mas não gosta de fazer o dever de casa, não tem características do transtorno.

Por definição, a criança já nasce com o TDAH, mas com o passar dos anos e o aumento do grau de exigências, a desatenção e a hiperatividade tornam-se mais evidentes, influenciando negativamente no aprendizado. Quando não é tratado, o transtorno tem seus sintomas reduzidos com o tempo, mas ele continua lá, produzindo indivíduos que não se encaixam nas regras de coletividade, não conhecem limites de convivência, não se adaptam aos ambientes de trabalho e cujo comportamento normal é impulsivo, o agir sem pensar nem medir consequências.

São pessoas que sofrem mais acidentes, que interrompem o outro falando, intrometem-se em conversas alheias, têm mais dificuldades de relacionamento e baixo rendimento no trabalho.

Há três grupos de crianças e adultos com déficit de atenção e hiperatividade: o que tem predomínio de hiperatividade, o que tem predomínio de desatenção e o que apresenta ambos em igual proporcionalidade.

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde, devidamente capacitado, psiquiatra, pediatra ou neurologista, e o tipo de tratamento deverá ser definido de acordo com a intensidade com que o TDAH se apresenta. Ele poderá ser feito por meio de medicamentos antidepressivos, psicoestimulantes específicos para o sistema nervoso-central ou outra medicação, com acompanhamento psicoterapêutico por meio dos pais e da escola.

Apenas com o diagnóstico e tratamento adequados é possível evitar estigmas futuros por rótulos normalmente atribuídos a crianças com este problema e também evitar que seu desenvolvimento escolar e social seja prejudicado, assim como minimizar consequências futuras que podem advir do problema, como a propensão ao uso de drogas, transtornos de conduta e de humor, como a depressão.

Autora: Thaiana Brotto (CRP 06/106524) é pós-graduada em Terapia Comportamental e atende na clínica Psicólogos Berrini.

Tags: , ,

7 comentários em "Déficit de Atenção e Hiperatividade"

  1. Muito bom o post, Lele! Aqui continuamos aguardando, exercitando e torcendo para que as suspeitas nao se confirmem e seja apenas imaturidade (to com fé rs) beijo querida e seja benvinda! Saudades!

    1. Cy,
      eu acredito que seja mesmo a segunda opção.
      Cada criança tem seu ritmo… seu jeito de ser. Mas o bom é que vocês estão atentos. Isso já ajuda muito ne?
      beijos e saudades
      Lele

  2. Muito bom. Sei que a postagem é antiga, mas fiquei curiosa para saber o resto do conteúdo. Parabéns Bjss.

  3. Psicologo SP disse:

    Gostei bastante do post! Você indica alguma psicologa em sp? Meu filho tem 5 anos.

    1. Oi!
      Indico a Ligiane do Vincular-se
      http://vincularse.com.br/
      bjs

  4. Fabio Correa disse:

    Ótimo texto!
    Bastante informativo!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

2008-2020 © Eu e as crianças | Criação: Helena Sordili | Desenvolvimento: Carranca Design Carranca Design por Felipe Viana