Vira e mexe esse assunto volta aqui pois é mesmo, um problema real que enfrento no dia-a-dia. A obesidade infantil.
Coloquei muito do meu ponto de vista no post sobre o documentário Muito além do peso que fiz há um tempo, mas hoje retomo com dados de estudos e sugestões de especialistas para lidar com esse problema.
De acordo com um estudo publicado na Public Health England, dar pequenos pratos com uma quantidade maior de comida ajuda crianças obesas a pararem de engordar. Mas você sabe qual a ligação entre o tamanho do prato e a saciedade?
A coordenadora psicossocial na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Rita de Cássia Calegari, afirma que a ideia é “enganar o cérebro” da criança, ou seja, quando a comida é farta, colorida e bonita, nosso cérebro processa visualmente a comida e produz estados de saciedade: “na cultura latina, pratos grandes e fartos são associados à emoção de abundância, prazer e saciedade. Desta forma, desde criança associamos esse tipo de refeição às emoções positivas, relacionadas à família e ao amor”.
Por isso, ao ofertar pratos menores, mas em maior número de vezes, o cérebro terá a sensação de fartura sem aumentar a quantidade de calorias e, em consequência, o peso.
Aquela dica boa de fracionar a alimentação que ajuda os adultos também.
A obesidade infantil pode ter forte influência da genética, dos hábitos e da cultura de alimentação da família e, principalmente, do emocional da criança que normalmente estão associadas a algum sofrimento, como separação dos pais, bullying e eventos traumáticos.
Aqui eu nem preciso dizer né? A obesidade é um fator genético dos dois lados da família. E, justamente por isso, devemos tratar o fato com todos da família.
Dar o exemplo, sempre, inclusive na alimentação e nos hábitos saudáveis.
Por conta disso, é importante passar por uma avaliação e ter uma orientação médica para iniciar a perda de peso com saúde. Os pais e toda a família também têm papel fundamental nesse processo que consiste em dar o exemplo, além de sempre incentivar a criança.
Os pais – e todas as pessoas que convivem com a criança em tratamento, devem motivar seus filhos, entender sua dificuldade acreditar que são capazes. “Neste período, os pais devem evitar as sabotagens – se a criança está em reeducação alimentar para perder peso, não vale premiar com comida, dar chocolate ou encher a despensa com biscoitos e balas”, afirma Rita.
Cozinhar e escolher os alimentos juntos também ajuda!
Além dessas dicas, Rita acrescenta que a família tem que cozinhar, pois preparar os alimentos em casa é extremamente importante para perder peso e mantê-lo: “Quando a criança participa da ida ao mercado, da escolha dos produtos, embala e desembala as compras, ajuda na escolha do cardápio e na preparação dos pratos, ela se reeduca também”.
A gente sabe que manter uma rotina extremamente saudável e regrada é bem trabalhoso, mas é fundamental o planejamento e o foco no processo além, claro, de valorizar cada pequena conquista.
As comidas prontas são de mais fácil acesso e, também, tem valores atraentes. Mas são alimentos, em geral, muito calóricos e que não saciam até a próxima refeição.
Reeducação alimentar é fundamental, nada de dietas restritivas ou punitivas. Prevenir e educar sempre foram meu lema. Então seguimos nessa linha!
Como é aí na sua casa? Tem criança obesa na família? Como lidam com essa situação?
beijos
Lele
Fonte: Rita de Cássia Calegari, coordenadora psicossocial na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
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