Algumas coisas vem com a maturidade, outras com a maternidade… no caso do assunto do post de hoje, acho que vem com ambos. Senta que lá vem história! (denunciando a idade heheh)
Quem aqui já pediu perdão? Ou quis ouvir um pedido de perdão?
A medida que a vida passa e as relações se constroem (ou destroem), dizer ou ouvir perdão torna-se inevitável, necessário. Ao longo dos meus quase 40 anos eu já me vi querendo muito ouvir esse pedido, ou precisando pedir perdão por algo que fiz. Em nenhuma das situações foi simples ou tranquilo, tanto para a minha mente, quanto para o meu coração.
Por outro lado, temos a construção da nossa auto-estima. Muitos perdões (oferecidos ou pedidos) podem afetá-la diretamente.
Na adolescência, enquanto estamos em formação, precisamos das aprovações, dos SIMs que amigos, grupos e pessoas podem nos dar. Esses SIMs funcionam quase como um alicerce para a nossa auto-estima. A gente precisa do sim para beijar aquele garoto que está a fim, para cortar o cabelo diferente das outras amigas, para usar aquela roupa esquisita mas que você ama, para ser igual ou diferente, precisamos do SIM.
Quando nos tornamos mães, uma das coisas que mais procuramos (em blogs, grupos maternos ou batendo papo com outras amigas) são os SIMs para a nossa maternagem: da escolha do parto ao tipo de escola, alimentação ou uso de gadgets… procuramos nossos pares, aqueles que nos dizem SIM.
Mas recebemos muitos NÃOs, em forma de crítica, julgamento, sátira. Somos desencorajadas, julgadas, criticadas. A maioria das pessoas que nos julga nem nos conhece (especialmente se você tem uma vida semi-pública, com um blog, por exemplo), mas fazem a partir dos seus modelos e da falta de empatia.
Quando a gente cria nossos laços de amizade, laços de afeto, fortalece os laços familiares, os pedidos de perdão podem não ser explícitos. Vem com uma nova postura, um carinho inesperado ou um simples “bola pra frente”.
Mas, uma coisa aprendi comigo… e com essas situações: eu não espero mais!
Eu não espero o perdão para voltar a ser feliz, não espero ser perdoada para voltar a viver. E também não espero ser unanimidade… aliás, como sabem, toda unanimidade é burra. ;)
Acho que essa é uma das lições mais caras e difíceis de ensinar aos filhos: do perdão e da aceitação. Porque ser perdoado é importante, mas saber aceitar o não perdão também é!
beijos
Lele
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por Felipe Viana
Acho que não dá pra esperar nada, Lelê, para seguirmos em frente, para sermos felizes. O que importa mesmo é fazermos a nossa parte e ter isso bem esclarecido dentro da gente. Fazer e dar sempre o melhor de nós. Sei que não somos perfeitas e falhamos, mas é aí que precisamos consertar, mas sem esperar muito do outro. Gostei do post!