Escrevo para aliviar a consciência.
Não, a frase não é minha mas retrata bem o meu estado ao escrever. E olha que é assim desde 1980 e poucos, quando aprendi a escrever.
Eu sou daquelas que escreve para desabafar, para não explodir, para ponderar, para reler e repensar antes de tomar uma atitude. Escrevo para sonhar, para desafiar, para multiplicar as ideias.
E foi por tudo isso que resolvi ter um blog materno.
Quando eu resolvi montar o meu primeiro blog, a minha ideia original, era sim ser um diário. Naquele momento ainda em fase de descoberta (2001 eu abri meu primeiro endereço no blogger!!! – Momento Lelê entregando a idade).
Depois, fui direcionando os assuntos: falava um pouco de cultura geek, da minha vivência em sala de aula com os alunos de graduação, e também de pensamentos soltos que encontravam no blog um porto seguro.
Participei de memes, de confraria literária, de troca de selinhos.
Casei e postei as fotos no blog.
Fui daquelas que virava a meia-noite esperando vagar uma conta no fotolog.
Parei de escrever. Estava numa fase de aulas, mestrado e escritório e a válvula de escape precisou ser posta de lado.
Foi só quando mudei de casa (e passamos pelo extreme makeover hehehe) que passei a postar com mais frequência no blog.
Depois, com o mestrado encaminhando-se para a conclusão, investimos na tentativa de engravidar e, em setembro de 2007 defendi o mestrado grávida da Isa.
E foi nessa fase, de conclusão de ciclos e início de outros que o blog ganhou a característica materna. Afinal, nasce uma mãe, nasce uma blogueira.
Eram tantas novidades e descobertas que eu realmente queria dividir com os amigos e familiares. Pelo blog! Era um canal para falar com eles, apenas.
Mas, na internet o alcance é exponencial e, quando a Isa tinha apenas 3 meses, fui ao primeiro evento convidada como BLOGUEIRA.
Apesar desse nicho “blog materno“ crescer diariamente – até com blogueiras sem blog ;), eu sempre me encaixei mais no segmento lifestyle. Sempre falei de decoração, craft, postei receitas e relatei livros e filmes.
Ter um blog materno sempre foi uma opção para dividir o dia-a-dia tomado pelos filhos: primeiro pela Isa e logo em seguida pelo Tato. Mas eu nunca deixei de ser a mulher, a designer, a scrapper, a geek e etc.
Falar das dores e delícias de ser mãe é um grande prazer. Mas falar sobre tendências de decoração, cores e ensinar a fazer um álbum de scrapbook também sempre será pauta por aqui.
Eu nunca busquei LIKES, seguidores, audiência “a qualquer preço”. Com o conhecimento do público a gente passa a entender o que funciona e o que não funciona e, acreditem: tudo que vem fácil, vai fácil!
Mas é claro que sempre me preocupei e entregar de fato conteúdo de qualidade para quem gasta minutos aqui, lendo e navegando pelo blog. Sempre quis ter o meu blog de sucesso.
E acredito que tenho!
E fico feliz com os comentários e feedbacks de amigos das antigas que dizem que “fizeram, usaram, viajaram, compraram” algo que postei GENUINAMENTE. Porque mesmo quando sou paga por uma marca, só falo do que eu realmente GOSTO e ACREDITO.
Muita gente me pergunta se não vou ter um canal ativo. Por que ter um blog em tempos de Youtube? O blog sempre será meu porto seguro. Eu sou a dona da bagaça! heheh Nas redes sociais a gente nunca sabe o que pode acontecer…
Quero conversar com quem busca algo que eu posso oferecer. Quero ter troca com leitores, seguidores e fãs. Quero postar sobre o que eu gosto e não apenas sobre o que dá audiência.
Eu estou de saco cheio exausta da busca incansável pelo press kit, pelo convite do evento, pelos milhares de likes de grupos de curtidas e assim por diante.
Tô cansada também das puxadas de tapete, das amizades circunstanciais e por interesse descarado.
Confesso que tudo isso me faz pensar em desistir mas na sequência eu penso: eu fiz tanto para chegar até aqui. E construí tantas coisas legais, conquistei tantas amizades verdadeiras, aprendi TANTO!!! É um desperdício desistir.
Mas a minha reflexão vai além. Vai até aquela pessoa, que é mãe, exemplo e responsável por um filho (ou mais) e faz tudo o que faz por ganância: por querer MAIS que o outro, por INVEJA: não querer que o outro tenha ou por egoísmo: quero tudo para mim!
É aquela pessoa que se auto-denomina INFLUENCIADORA mas a influência vai sempre para o seu próprio umbigo. Apenas pela sua mão de retorno.
Sim, antes de ser mães são seres humanos. Mas como eu queria um mundo mais humano. De fato!
beijos
Lele
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por Felipe Viana
Amei! Ganhou uma seguidora por admiração passando pra dar um beijo
Ahhhh obrigada <3
beijao
Arrasou! Tenho uma expressão que uso com certa frequência na assinatura das minhas poesias: “como não grito, deixo escrito!”. Eu também escrevo por necessidade. E é por isso que continuaremos aqui, escritoras, leitoras, blogueiras, seguidoras uma da outra ;)
Isso, isso!
Escrever sempre será meu refúgio!
bjs
Le
Amei amei!!! Também penso assim e o que ne faz sair dos dias de crises “o q to fazendo aqui? E por q esrou fazendo isso?” É a resposta que vem no dia seguinte: porque eu gosto, e isso é o que importa. Te admiro tanto e ja te disse diretamente: o que vc faz tem alma, por favor nunca pare! Beijo amada!!!
QUERIDA!!!
Obrigada por TUDO (e como esse TUDO é imenso <3)
bjao
Adorei… eu também amo escrever, expor meus pensamentos, meus sentimentos e creio que sempre vai ter alguém disponível e com afinidades com meu texto e minhas idéias! Para uns, um monte de besteiras e para outros, conteúdo necessário… a vida é assim… nunca agradaremos a todos… não tenho esta pretensão… creio que vc tbém não… só não desistaaa, faço parte do seu time do lado direito: da admiração!!! Bjoooooo teacher, parabéns! ;)
Não vou desistir não… pode deixar! Mas tem dias que CANSA! hehe
bjs
Le