Mães bem sucedidas

O título em si já é uma provocação tá?
O Dia das Mães se aproxima e, com ele, as milhares de matérias sobre a maternidade e mulheres em sites/revistas/blogs do assunto OU NÃO.

E, a grande maioria, foca nos termos SUCESSO, BEM SUCEDIDA, MELHOR e afins.
Já me incomodava isso até que a @danuzza soltou um RT no Twitter e fez meus neurônios de organizarem para cuspir esse post.

Bem, a minha primeira pergunta é: quem foi que definiu a métrica da mãe de sucesso? Ela precisa fazer as atividades em tempo record ou “só” o cumprimento das tarefas basta?
O sucesso é aquele alcançado nas atividades como MÃE ou precisa somar as atividades profissionais, conjugais e familiares também?

É aquela velha história, um casal ficou junto por 20 anos e se separou. Deu certo ou não? Claro que deu certo! 100% do tempo? Provavelmente não, mas isso é mesmo necessário?

Eu acho (de verdade) que nenhuma mãe quer ser um fracasso! Mas não podemos nos iludir e nos espelhar nessas matérias que mostram, em geral, só um lado das coisas.
Tem dias, na minha (falta de) rotina maluca, que eu me acho uma mãe excelente e um lixo de profissional, ou ainda tem dias que me acho uma mãe e uma profissional de cair o queixo, mas eu não consigo (e acho que nenhuma mãe – ou ser humano – consegue) ser 100% o tempo todo.
Até porque o perfeito está na idealização de quem julga, correto?

Acredito que o julgamento real da mãe bem sucedida não seja imediato, pois ter sucesso na educação dos filhos é um trabalho diário, meticuloso, cuidadoso. E não existe fórmula pois cada filho é de um jeito, cada processo de educação e aprendizagem é único.
No meu entendimento é importante e necessário, transmitir os valores, as bases para que a criança saiba o caminho a seguir, mas se tudo o que fizemos deu certo ou não só saberemos adiante… quando eles já forem adultos, provavelmente.