Relembrando: A chegada do segundo filho

Tato e Isa nos primeiros dias de convivência

Durante toda a gestação do Otavio, meu segundo filho, as pessoas me perguntavam qual era minha maior ansiedade e eu respondia: A Isabela (minha primeira filha).

Para algumas pessoas essa resposta causava espanto mas eu explico: o Otavio seria um bebezinho e eu saberia lidar com ele (pelo menos em tese.. heheh) mas a Isabela já seria uma menina de 2 anos e 2 meses e eu não saberia/conseguiria prever suas reações.

Além disso, eu tinha uma grande preocupação com o momento em que eu tivesse que ir para a maternidade, já que esperava (e fiz) o parto normal. Minhas dúvidas eram: como ela vai me ver no hospital? quem vai dormir com ela? como será a reação ao me ver na maca? e quando ela vir o irmão?

Muita gente me dizia que ela teria ciúmes, que não seria fácil, que era difícil lidar com algumas situações e eu fui me preparando para o pior (sei lá o que poderia acontecer).

Enfim, chegou o grande dia, fizemos um PN induzido e a Isabela foi para a escola com a minha irmã. No final da tarde minha irmã a levou à maternidade para nos visitar.

Obviamente quando ela me viu deitada quis subir na maca, ficar comigo. Subiu e ficou abraçadinha comigo, uma delícia!

Levaram-na até o berçário e ela viu o Otavio de longe. Quando ele veio para o quarto ela já tinha ido embora com o papai! Fiquei triste por ela ir embora, mas fiquei feliz por ela ter entendido que não podia ficar lá comigo.

Nos dias seguintes ela estava meio estranha, ansiosa, chamando a atenção para ela, mas tudo absolutamente dentro da normalidade.

Os momentos iniciais mais difíceis eram os da amamentação… Isabela não gostava de ver o irmão mamando e pedia colo. Cheguei a oferecer o peito para ela, que sentou no colo mas ficou com nojo e desceu rapidinho!

Esse período durou uns 15 dias, mas desde sempre ela demonstrava carinho e curiosidade pelo irmão. Subia no puf para espia-lo dormindo, pedia para coloca-lo no colo, para coloca-lo em sua cama, enfim, demosntrava carinho.

Passado esse período acho que ela percebeu que ele era apenas um bebezinho que mamava e dormia (muito) então que ele não tinha tanta graça assim…. e ela acalmou.

Hoje em dia (ele com 6 meses e bem mais ativo) ela me ajuda a dar banho nele, brinca com ele, faz carinho, abraça e beija, uma delícia de ver!

E para nós, mamães, o que muda? TU-DO!

É claro que a chegada de um filho é sempre uma alegria infinita, mas é trabalho mais que dobrado! É um cansaço sem fim pois é muito difícil conciliar os horários de atividades-sonecas-etc.

Eu optei por ter filhos com idades próximas, sabia que não seria fácil, mas creio que vou colher muitos bons momentos em um futuro próximo!

Acho que serão mais uns 2 anos de loucura e depois um sossego bom, ver os dois crescendo juntos, sendo amigos e companheiros, irmãos de verdade!
Espero estar certa!

E, meu conselho para quem quer o segundo filho é: tenha logo! Imagina começar tudo de novo depois que o bebê já saiu das fraldas, ou depois que o mais velho já tem 5 ou 6 anos, loucura pior pois aí os filhos estarão em fases completamente diferentes e você volta a ter que equacionar mil coisas diferentes ao mesmo tempo!

Post publicado originalmente no Test Drive Mami – outubro/10

7 comentários em "Relembrando: A chegada do segundo filho"

  1. Carol Baggio disse:

    Sabe, em junho o marido viajou por um mês e fiquei com a filha sozinha em casa. Teve um dia que me bateu um medo tão grande de acontecer algo comigo, que peguei todos os telefones de contato da minha família e passei pra uma amiga… muitas vezes eu penso em como somos vulneráveis e que, “tudo” pode acabar, de um momento pro outro…

    Por isso mesmo é que é o hoje, o agora, que interessa, no sentido de não deixarmos pra amanhã o abraço apertado, falar a palavra de carinho e apoio, o beijo apaixonado!

    Muita força pras suas amigas, e que sua madrinha esteja bem, onde estiver…

    bjs
    Carol

    1. Lele disse:

      Pois é Carol! Viver o dia, sempre ne? Não deixar para depois…
      Obrigada pela força e carinho.

      beijao

  2. Thaty disse:

    Alice também era muito destemida. Agora anda tendo medo de algumas coisas, estou até achando bom, pq ela era muito abusada… Vítor já era o contrário, sempre foi muito medroso, foi vencendo cada medo passo a passo.

    Quanto aos pais, também penso isso. Não estou preparada para perder os meus, embora saiba que isso um dia vai acontecer. Mas será que estaremos preparados para isso algum dia? Eu tenho minhas dúvidas…

    E quer saber o mais difícil: meu pai diz que, se puder escolher, se souber que vai morrer, quer pegar um barco e se lançar no mundo, morrer no mar. Cadê desprendimento da nossa parte pra aceitar essa decisão dele? rs

    Bjs

    1. Lele disse:

      Olha, nem consigo imaginar algo assim…
      Não deixa não! kkk
      beijos

  3. Dúnia disse:

    Lele sinto muito pela perda das suas amigas… nesses momentos a gente fica pensando sobre essas coisas mesmo…
    mas não posso deixar de comentar que ameiiii o destemido levando a irmã (mais velha) no banheiro #own

    1. Lele disse:

      Obrigada Du!! Ainda estou bem reflexiva sobre esse assunto….
      O Otavio é MUITO fofo com a irmã… uma coisa boa de ver sabe?
      beijinhos

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