O mundo que vou deixar para os meus filhos

Nos últimos dias o Brasil foi tomado pela indignação e por muitas mobilizações/manifestações/paralisações. O estopim para tudo isso foi o aumento das passagens de ônibus em diversas cidades, mas eu acredito mesmo que tudo isso não seja “só” por isso!

Desde que me tornei mãe passei a questionar (ainda) mais sobre “Qual é o mundo que vou deixar para os meus filhos“. Sempre fui adepta da prática de transformar o meu entorno para, aos poucos, as boas atitudes irem contaminando quem está por perto. E, como sabemos, filhos aprendem pelo exemplo então, acredito que seja realmente uma boa estratégia na educação dos meus pequenos.

Acontece que, na situação em que se encontra o nosso país, isso não basta. Mudanças profundas são necessárias! A base é sempre a educação. E estou falando de educação no nível mais puro, não educação formal. Se você tem educação você respeita o outro, se você tem educação você não se corrompe, se você tem educação você compartilha, se você tem educação você faz a diferença na sua família, no seu bairo e no seu país!

Quando eu vejo as cenas do povo na rua me emociono. As marchas pacíficas, os cartazes bem-humorados, a indignação estampada nos rostos, é mesmo emocionante viver esse momento. Meus sobrinhos pré-adolescentes estão ansiosos por uma manifestação, por participarem dessa mudança. E acho que isso foi o que mais me tocou nos últimos dias!

Não entendo quem diz: “que país é esse?“, “só no Brasil que isso acontece”, “quero ir embora daqui”. Se o seu país não serve para você, me desculpe, mas acho que é você que não serve para o Brasil. Porque a sua mentalidade é de passividade e, seja lá onde você estiver, nada nunca estará bom! Não são os governantes que precisam mudar, somos nós! Nas urnas, nas decisões coletivas e, claro, nas relações interpessoais!

Esse post fazer parte da Blogagem Coletiva #protestomaterno
O Protesto Materno surgiu da vontade de mães fazerem algo pelo país, já que nem todas podem ir para as ruas com o seu filhote. O movimento começou com a adesão de mães blogueiras (mais de 150), que postam em seus blogs nessa sexta-feira suas visões e opiniões sobre o movimento legítimo e democrático que toma conta das cidades! O protesto reúne outras centenas de mães conectadas – que já estão divulgando o manifesto virtual via redes sociais – e as que decidiram levar essa união materna de volta para as ruas.