A medida que as crianças crescem algumas (muitas) coisas se transformam tais como a ingenuidade, a espontaneidade, a simplicidade do olhar… E, mais cedo ou mais tarde, querendo ou não, vou ser interpelada pela incômoda questão: “mãe, papai noel existe?”
Vou abrir meu coração e dizer que, realmente, não estou preparada mas sei que essa fase está acabando… a infância pura, lúdica, inocente está com os dias contados para a minha Isa que logo completará 6 anos. Espero conseguir fazer a do Otavio durar pelo menos o mesmo tempo que a dela já que terei os 2 em momentos diferentes logo mais.
Mas, voltando ao falado Papai Noel, fico aqui me perguntando sobre as possíveis respostas para essa pergunta e não chego a uma definitiva (e nem acho que precisamos). Assim como sugere o texto da Camila, li o artigo do sociólogo Gerard Bronner e tenho tentado internalizar (e acalmar) esse dilema da mentira com o mundo da fantasia.
Quem aqui não tem boas lembranças da infância? Eu tenho ÓTIMAS! Do Papai Noel, do Coelhinho da Páscoa, de muitos personagens que fizeram parte da minha vida e hoje são ótimas memórias. E tenho também a carinha de feliz dos meus sobrinhos guardada na memória, quando fazíamos o som do sininho do Papai Noel e eles corriam para vê-lo mas, como ele é muito rápido e já tinha ido embora deixando os presentes e muita felicidade.
Não serei eu a pessoa a quebrar esse encanto. Não acho justo. Eles são espertos, farão as conexões de forma natural e sem traumas (eu espero, heheh). Mas vou deixá-los viver o quanto quiserem essa ilusão boa que aquece o coração e faz a gente voltar a ser criança por uns momentos…
Beijos
Lele
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